A maior microrrede em aeroportos dos EUA terá capacidade total de 12 MW, sendo 6,6 MW apenas de módulos solares instalados em telhados.
Imagem: Divulgação
O Aeroporto Internacional John F. Kennedy, em Queens, Nova York, que está passando por uma grande reforma que custará ao todo de US$ 19 bilhões, começou em setembro a construir o formidável sistema próprio de energia do chamado New Terminal One.
O sistema consiste na maior microrrede de aeroportos dos EUA, com 12 MW, que abastecerá metade da carga de energia do terminal e eletrificará todas as operações terrestres.
A instalação incluirá 6,63 MW de energia solar em telhados, 3,84 MW de células de combustível e 1,5 MW/3,34 MWh de armazenamento de energia em baterias.
A microrrede também fará a recuperação do calor das células de combustível para gerar água gelada e água quente para o terminal.
O sistema fotovoltaico, com 13.000 módulos, será o maior já instalado em telhados na cidade de Nova York, ocupando área de 34,4 mil m2 (como curiosidade, isto é mais de três campos de futebol com as dimensões máximas regulamentadas pela FIFA, 120 x 90 m).
Será também o maior sistema fotovoltaico de telhado entre todos os aeroportos dos EUA.
A construção da microrrede é liderada pela AlphaStruxure, empresa responsável por todo o projeto, financiamento, construção e operação segundo um contrato de EaaS – Energy as a Service.
A empresa fornecerá ao New Terminal One a energia a um custo previsível por meio de contrato de longo prazo.
A AlphaStruxure é uma joint venture entra a Schneider Electric e o grupo de investimentos Carlyle Group.
A Schneider Electric fornece ao projeto a tecnologia de microrredes, controles, software e serviços.
O projeto exigiu a superação de desafios técnicos relacionados à mitigação do brilho dos painéis solares.
Estudos foram conduzidos para garantir que a luz do sol refletida nos módulos não impactasse a visibilidade dos pilotos das aeronaves ou dos controladores do voo.
A arquitetura do telhado do Novo Terminal Um, com vários ângulos e superfícies, também não ajudou muito.
“No que se refere à energia, os aeroportos estão enfrentando uma ‘tempestade perfeita’: mais passageiros, mais eletrificação, mais interrupções e mais necessidades de capacidade com uma infraestrutura de energia envelhecida e cada vez menos capaz de acompanhar”, disse em comunicado Juan Macias, CEO da AlphaStruxure.
Segundo ele, a microrrede vai não apenas fornecer resiliência energética aos usuários do New Terminal One, mas também ajudar nas metas da cidade, do estado, e da Autoridade Portuária para redução de emissões de carbono.
A instalação dos painéis solares começará no início do ano que vem, quando terminar o a instalação da infraestrutura de cabeamento.
O armazenamento em baterias e o equipamento de células de combustível serão construídos no final de 2025.
Fora do escopo do projeto, a Autoridade Portuária de Nova York está supervisionando a construção de um carport solar de 12 MW em um dos estacionamentos do aeroporto, que incluirá 7,5 MW de capacidade de armazenamento em baterias.
Fonte: Fotovolt
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