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Empresas Doam Equipamentos de Energia Solar a Indígenas Refugiados

Em parceria com o Acnur, ação vai garantir acesso à energia limpa e segura em abrigos de refugiados de Roraima e em comunidades indígenas.

  

Imagem: Divulgação


A Schneider Electric, em parceria com as empresas BIC, Prysmian, Volga e Novemp, se juntou à Acnur - Agência da ONU para Refugiados (oficialmente, “Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados”) para doação de mais de 700 equipamentos de geração de energia solar para comunidades de indígenas refugiados no estado de Roraima e para abrigos na capital Boa Vista, beneficiando aproximadamente 3 mil refugiados e migrantes venezuelanos.


A iniciativa integra o projeto “Business with Empathy", realizado em parceria com clientes e parceiros, e visa proporcionar acesso à energia elétrica limpa e segura por meio de equipamentos de energia solar para pessoas em situação de vulnerabilidade.

 

Entre os produtos doados estão sistemas híbridos de energia solar, lâmpadas, lanternas portáteis e lanternas de cabeça da marca Schneider.


Segundo Samantha Federici, chefe do escritório de Parcerias com o Setor Privado do Acnur no Brasil, “além de ajudar na iluminação de espaços coletivos de abrigos temporários, os equipamentos beneficiarão comunidades de indígenas refugiados com energia renovável, mostrando como investimento social privado e sustentabilidade ambiental podem e devem caminhar juntos.”


Para Federici, a ação é um exemplo bem-sucedido de como o setor privado, o poder público, a sociedade civil e agências humanitárias como o Acnur podem se coordenar para oferecer apoio e dignidade a pessoas que precisam recomeçar do zero em outro país.

 

Além de iluminar espaços coletivos em abrigos provisórios de Boa Vista, os equipamentos vão beneficiar comunidades de refugiados indígenas que se instalaram na região.


Um exemplo é a Warao a Janoko, no município do Cantá (região metropolitana de Boa Vista), que abriga mais de 80 famílias das etnias Warao e Kariña sem acesso (ou com acesso bastante limitado) à energia.

 

Desde o início do fluxo de refugiados e migrantes da Venezuela para o Brasil, em 2017, o Acnur desenvolve atividades de acolhida e integração socioeconômicas.


No caso dos indígenas, a organização oferece assistência humanitária focada nas necessidades específicas desse grupo, assegurando seus direitos fundamentais e proteção.


Até junho de 2024, havia 11.918 indígenas refugiados e migrantes da Venezuela no Brasil, sendo 7.705 da etnia Warao, cujo nome significa “povo do barco”.


Os Warao representam uma das mais antigas comunidades indígenas da Venezuela, destacando-se por suas habilidades na pesca e navegação em rios, bem como no artesanato.


Já os Kariñas têm a agricultura como uma de suas principais atividades econômicas.

 

Entre os abrigos beneficiados pela doação de equipamentos e sistemas de energia solar estão o Waraotuma A Tuaranoko, dedicado a populações indígenas, e o Pricumã, conhecido por sua acessibilidade para pessoas com deficiência e idosos, e que também promove atividades culturais como corais, aulas de dança e pintura.


A doação das empresas é fundamental para o bem-estar nos abrigos em atividades cotidianas como banho, conservação de alimentos, geração de renda e acesso à informação.


Fonte: Fotovolt

 

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