Unidade de 3 MW terá capacidade para atender até 3 mil residências e será uma das primeiras integradas à rede elétrica
Na corrida para iniciar a produção comercial de energia solar no país, a Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig) sai na frente e promete colocar em funcionamento a maior usina desse tipo da América Latina, no município mineiro de Sete Lagoas.
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É uma das primeiras a ser integrada à rede pública convencional. A usina terá capacidade de 3 MW, o que significa que vai gerar energia elétrica suficiente para abastecer até 3 mil residências.
O custo será de R$ 25 milhões, dividido igualmente entre a Cemig e a Solaria, empresa espanhola fornecedora de painéis fotovoltaicos.
Sete Lagoas foi a cidade escolhida por sua localização próxima da capital, Belo Horizonte, além de apresentar um índice de radiação satisfatório, e por concentrar ações do projeto Cidades do Futuro.
Por meio do qual a Cemig está testando a automação das redes de distribuição e modernização do sistema elétrico.
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Outras unidades geradoras de energia solar estão sendo construídas no Brasil , mas a de Sete Lagoas, além de ser a maior, está sendo viabilizada dentro de umamplo projeto de pesquisa da companhia energética.
Para o presidente da Cemig, Djalma Bastos de Morais, trata-se de um projeto estratégico. “A Cemig sempre procurou novas alternativas de energia”, comenta. “Com a decisão da empresa de expandir, é necessário que ela entre de formamais firme nessa área.”
Bastos de Morais diz que, além da usina de Sete Lagoas, a Cemig instalou geradores fotovoltaicos na cobertura do estádio do Mineirão que foi reformado.
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Segundo Niels Kleer, diretor de operações da Solaria Brasil, “o projeto de Sete Lagoas é um grande avanço pela forma cuidadosa como está sendo concebido, mas é apenas um começo diante do enorme potencial do país”.
Por enquanto, a experiência nacional se resume a pequenos sistemas isolados que utilizam geração a bateria destinados a escolas, cooperativas e áreas rurais.
A título de comparação, o país utiliza de 2 a 3 MW por ano de energia fotovoltaica, enquanto a Alemanha, por exemplo, usa 15 MW por dia, sendo 99% integrado à rede.
Kleer afirma que governo, iniciativa privada e universidades começam a buscar soluções para fortalecer negócios na área de fotovoltaicos, levando emconta aspectos como a regulamentação pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).
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A forma de comercialização com geração distribuída e os modelos de leilão, que foram bem-sucedidos no caso da energia eólica.
Em Sete Lagoas, além disso, serão realizadas pesquisas sobre o impacto no sistema de distribuição, durabilidade dos equipamentos, sistema de proteção contra descargas atmosféricas, estratégias de compra e venda de energia e análise do custo benefício.
“Acreditamos que este será o maior parque fotovoltaico e um dos mais completos laboratórios de pesquisa desse sistema no Hemisfério Sul”, afirma Bruno Marciano, gerente do projeto.
Embora a energia fotovoltaica seja quatro vezes mais cara que a hídrica, Marciano acredita que na ponta do consumo está se tornando competitiva.
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Ele conta que a usina de Sete Lagoas vai ocupar uma área de 6 hectares cedida pela prefeitura e será dividida em três unidades.
A maior com capacidade de 2,5 MWserá comercial, a segunda testará novas tecnologias como a do Mineirão, e a terceira será totalmente para pesquisa.
Fonte: R7
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